
Nos últimos tempos, a expressão brain rot (traduzida livremente como "cérebro podre" ou "podridão cerebral") tem ganhado popularidade, especialmente entre os mais jovens. Apesar do tom irônico com que muitas vezes é usada, essa expressão aponta para algo mais sério: o impacto do consumo excessivo e contínuo de conteúdos digitais, geralmente superficiais e rápidos, na nossa saúde mental.
O psicólogo Auro Mauro, da equipe técnica do Kurotel, explica que o termo brain rot se refere a um estado de deterioração mental causado pelo consumo excessivo de conteúdo digital superficial e pobre. Segundo ele, seus principais sintomas incluem dificuldade de concentração, aumento da ansiedade, problemas de memória, falta de motivação, irritabilidade, aumentos dos níveis de estresse e sensação constante de sobrecarga. "Quando exposto constantemente a materiais digitais de qualidade duvidosa, o cérebro fica mais propenso a ser afetado", afirma.
É importante deixar claro que o brain rot não está relacionado a nenhum transtorno mental específico, pois, de acordo com Auro Mauro, não se trata de um diagnóstico médico, mas sim de uma característica associada a dificuldades de memória, concentração e bem-estar emocional.
Como a tecnologia em excesso causa o brain rot?
O psicólogo explica que, como o brain rot é uma consequência do uso excessivo de tecnologia e redes sociais. O consumo exagerado de conteúdo digital superficial e pobre estimula a liberação de dopamina, condicionando o cérebro a ter dificuldade em obtê-la por meio de outras vias neurais (como na realização de tarefas que exigem mais atenção ou esforço).
Expressão do ano e um alerta sobre a qualidade online
Em dezembro de 2024, o Dicionário Oxford elegeu "brain rot" como a expressão do ano. Ao longo de 2024, o termo foi pesquisado 130 mil vezes. De acordo com os pesquisadores da publicação, a busca por essa expressão aumentou 230% entre 2023 e 2024, provavelmente devido à crescente preocupação com os efeitos causados pela grande quantidade de conteúdos de baixa qualidade disponíveis online.
Quais hábitos saudáveis ajudam a prevenir o brain rot?
Alguns hábitos saudáveis podem ajudar a proteger o cérebro e evitar o brain rot. Entre eles, Auro Mauro destaca a redução do consumo de material digital, a inclusão de períodos off-line durante o dia e a limitação do uso de telas. Além disso, ele ressalta a importância de desenvolver hábitos como manter uma dieta equilibrada, praticar atividade física regularmente, dedicar tempo ao lazer e à socialização, promover a higiene do sono e melhorar a qualidade de vida.
É preciso procurar ajuda profissional para o brain rot?
O psicólogo Auro Mauro ressalta que é importante buscar ajuda profissional, especialmente diante de sinais como dificuldade para manter o foco, concentração prejudicada ou diminuição da socialização associada ao aumento do consumo de mídia digital. "Sintomas como esses podem ser interpretados como indicadores importantes de brain rot", afirma.
Como o Kur pode ajudar?
O Kurotel, melhor spa médico das Américas, oferece terapias e programas especializados para promover a saúde mentale o equilíbrio emocional. Com uma equipe multidisciplinar, o cuidado é pautado no exclusivo Método Kur: um programa personalizado que integra terapias pararestaurar o bem-estar físico e mental, alimentação saudável, atividade física,relaxamento e Medicina Preventiva. Clique aqui e descubra como transformar sua saúde.

Auro Mauro Azevedo - Formação em Psicologia pela Universidade de São Marcos (2001). Pós-graduação em Psicologia Jurídica: Família, Infância e Juventude pelo Instituto de Psicologia de São Paulo (2005). Pós-graduação em Psicologia Hospitalar pelo Hospital de Clinicas - FMUSP (2006). Pós-graduação em Terapia Cognitivo-Comportamental TCC pela Faculdade Metodista (2023). Mestrado em Neurologia/Neurociências pela Universidade Federal de São Paulo (2012).