Pré-diabetes: alerta para evitar complicações futuras

Silencioso e com sinais muitas vezes discretos, o pré-diabetes é uma condição que merece atenção redobrada. Ele surge quando os níveis de glicose no sangue estão acima do normal, mas ainda não altos o suficiente para configurar o diagnóstico de diabetes tipo 2. O pré-diabetes funciona como um verdadeiro alerta do corpo: um aviso de que algo precisa mudar.

Antes de tudo, é importante entender o que é o pré-diabetes. O médico Bruno Vianei, da equipe técnica do Kurotel, explica que o pré-diabetes é como um alerta do sistema hormonal do corpo. “É um estado inflamatório e desregulado, em que o organismo dá um 'grito de socorro' antes que os mecanismos que equilibram o açúcar no sangue falhem de vez", afirma.

O diagnósticodo pré-diabetes é feito por meio de exames laboratoriais específicos. Entre eles, destaca-se a glicemia de jejum, que apresenta valores entre 100 e 125mg/dL, e a hemoglobina glicada (HbA1c), que varia de 5,7% a 6,4%. Além disso, o Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG) também é utilizado, sendo considerado indicativo de pré-diabetes quando, após duas horas da ingestão de glicose, os níveis de açúcar no sangue ficam entre 140 e 199 mg/dL.

A diferença entre o pré-diabetes e o diabetes tipo 2, segundo o Dr. Bruno, está no grau de disfunção metabólica do organismo. No diabetes tipo 2, o pâncreas já não consegue produzir insulina suficiente para manter o açúcar em níveis normais. Para confirmar o diagnóstico de diabetes tipo 2, é necessário que pelo meno sdois exames de sangue apresentem resultados alterados, que podem ser duas glicemias de jejum iguais ou acima de 126 mg/dL, ou uma glicemia de jejum alterada e uma hemoglobina glicada (HbA1c) igual ou maior que 6,5%.

Quem tem mais chance de ter pré-diabetes?
‍Alguns fatores de risco contribuem para o desenvolvimento do pré-diabetes. São eles, segundo o Dr. Bruno Vianei:
- Ter mais de 40 anos;
- Estar acima do peso, principalmente quando a barriga está maior (mais de 88 cm para mulheres e 102cm para homens);
- Ter pai, mãe ou irmão com diabetes tipo 2;
- Fazer pouca ou nenhuma atividade física;
- Ter pressão alta, colesterol alto e estar acima do peso ao mesmo tempo;
- Ter ovários policísticos (problema hormonal nas mulheres);
- Parar de respirar por um tempo durante o sono (apneia do sono);
- Ter tido diabetes durante a gravidez.

É possível sentir algum sintoma?
‍O pré-diabetes geralmente não apresenta sintomas típicos. De acordo o médico, sabe-se que ele está associado a resistência à insulina e a um estado inflamatório de baixo grau, frequentemente relacionado ao sobrepeso ou obesidade, sedentarismo, baixa qualidade do sono, alimentação de baixa densidade nutricional e saúde mental prejudicada

Quando fazer o exame?
A frequência com que os exames devem ser realizados depende da idade e das condições de saúde da pessoa. Por exemplo, adultos com 40 anos ou mais que estão com o peso normal devem fazer esses exames a cada três anos.

No entanto, quem apresenta fatores de risco para o pré-diabetes, como obesidade, histórico familiar da doença ou sedentarismo, precisa ser investigado com exames anuais. Dessa forma, é possível acompanhar a saúde e agir rapidamente para prevenir o desenvolvimento do diabetes.

Se o pré-diabetes não for tratado, o que acontece?
‍Se o pré-diabetes não for tratado, ele pode evoluir para diabetes tipo 2, com uma chance de progressão de cerca de 5 a 10% ao ano. Além disso, aumenta o risco de problemas no coração e nos vasos sanguíneos, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Também podem ocorrer danos nos pequenos vasos do corpo, causando alterações nos olhos (retinopatia), nos rins (insuficiênciarenal) e no sistema nervoso periférico (neuropatia).

Pessoas com pré-diabetes precisam tomar medicação?
‍O uso de remédios convencionais no tratamento do pré-diabetes pode ajudar, mas deve ser feito de forma personalizada e com acompanhamento médico. Esse tratamento geralmente é um complemento às mudanças no estilo de vida. Também é importante verificar os níveis de vitaminas e minerais no corpo e corrigir possíveis faltas. O uso de fitoterápicos pode ser mais uma opção para prevenir e tratar o pré-diabetes.

É possível reverter o pré-diabetes?
‍"Com certeza", afirma o Dr. Bruno Vianei. Isso é possível por meio de mudanças no estilo de vida, incluindo cuidar do sono, praticar exercícios físicos, melhorar a alimentação e controlar o estresse.

"Um exemplo disto é o Diabetes Prevention Program, um programa norte-americano de intervenção no estilo de vida com prática regular de exercícios físicos, alimentação com elevada densidade nutricional, redução de 5 a 7% do peso corporal e comparecimento em reuniões de grupo focal, cuja a taxa de reversão do pré-diabetes para o estado de normalidade glicêmica varia entre 58 a 71% dos participantes regulares", observa.

Essas mudanças de estilo de vidapodem trazer vários impactos positivos, segundo o médico. Entre eles estão:
- Normalização dos parâmetros de controle do açúcar sanguíneo (glicemia, hemoglobina glicada, insulina);
- Redução do risco cardiovascular e de desenvolvimento de outras doenças crônicas;
- Melhora na composição corporal (redução de gordura subcutânea e visceral, aumento de músculos, aumento de massa óssea);
- Melhora subjetiva do nível de energia e disposição;
- Aumento da qualidade do sono e humor.

Como o Kur pode ajudar?
‍O Kurotel, melhor spa médico das Américas, pode ajudar você a reverter ou controlar o pré-diabetes. Com uma equipe transdisciplinar composta por médicos, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, educadores físicos e enfermeiros, proporcionamos um ambiente estruturado que incentiva a adoção de um estilo de vida saudável a longo prazo. Nossos protocolos personalizados incluem dieta mediterrânea adaptada, exercícios físicos orientados e supervisionados, além de suplementação direcionada.

Utilizamos tecnologias avançadas para avaliação metabólica e hormonal, composição corporal (DEXA), polissonografia tipo 4, crioterapia, shape bike e sequência ultrametabólica. Além disso, promovemos a integração entre corpo e mente por meio de meditação, yoga, aulas de dança, terapias corporais relaxantes e atividades culturais e artísticas, complementando o tratamento com painéis genéticos que otimizam as condutas na nutrição e medicina de precisão. Clique aqui e saiba mais!

‍

‍

‍

Dr. Bruno Vianei - Formado pela Universidade Federal do Amazonas, em 2018, e pós-graduando em Medicina Funcional Integrativa pela Sociedade Brasileira de Medicina Funcional Integrativa (SBMFI) - CRM-RS 48.494

‍

‍