Corpo e Mente

Cortisol: conheça mais sobre o hormônio do estresse

31/7/2025
Kurotel
Cortisol: conheça mais sobre o hormônio do estresse

O cortisol, frequentemente chamado de "hormônio do estresse", desempenha um papel vital no funcionamento do nosso organismo. Produzido pelas glândulas suprarrenais, ele é essencial para regular diversas funções, como o metabolismo, o sistema imunológico e a resposta ao estresse. No entanto, quando seus níveis ficam desequilibrados - especialmente em situações de estresse crônico - o cortisol pode trazer impactos significativos à saúde física e mental.

O Dr. Gladistone Coghetto Junior, médico da equipe técnica do Kurotel, explica que o cortisol é um hormônio esteroide do grupo dos glicocorticoides, produzido pelas glândulas adrenais (ou suprarrenais), localizadas acima dos rins. Conhecido como o "hormônio do estresse", ele tem sua produção aumentada em situações de estresse físico ou emocional. No entanto, sua função vai muito além disso.

Segundo o médico, o cortisol desempenha diversas funções importantes no organismo, entre as quais se destacam as seguintes:

1. Regulação do metabolismo:
- Estimula a quebra de proteínas e gorduras para gerar glicose (gliconeogênese);
- Mantém os níveis adequados deglicose no sangue, especialmente durante jejum ou estresse.

2. Resposta ao estresse:
- Atua como um hormônio de adaptação, preparando o corpo para situações de perigo, tensão ou esforço físico.

3. Ação anti-inflamatória e imunossupressora:
- Reduz processos inflamatórios e modula a resposta imune.

4. Regulação da pressão arterial:
- Atua em conjunto com outros hormônios na manutenção da pressão arterial.

5. Controle do ciclo circadiano:
- Os níveis de cortisol seguem um ritmo diário, sendo mais altos nas primeiras horas da manhã (ajudando no despertar) e mais baixos à noite.

Efeitos do cortisol em curto prazo
O Dr. Gladistone destaca que, a curto prazo, os efeitos do cortisol sobre o organismo são predominantemente adaptativos e fundamentais para a sobrevivência em situações de estresse agudo. O cortisol aumenta a disponibilidade de energia ao elevar a glicose no sangue, estimulando a gliconeogênese no fígado, que produz glicose a partir de proteínas e gorduras, fornecendo combustível imediato para órgãos vitais como cérebro, coração e músculos.

Além disso, o cortisol modula a função cardiovascular, mantendo a pressão arterial e otimizando o fluxo sanguíneo durante o estresse. No sistema imunológico, tem efeito anti-inflamatório temporário, reduzindo mediadores inflamatórios e controlando reações excessivas que poderiam ser prejudiciais.

Outro efeito importante do cortisol é sua influência no sistema nervoso central aumentando o estado de alerta, a atenção, a memória de curto prazo e a tomada de decisões rápidas, essenciais em situações desafiadoras. Também redireciona funções metabólicas, inibindo temporariamente processos como digestão, crescimento, reprodução e reparo tecidual, para concentrar energia no enfrentamento do estressor. Assim, sua ação aguda é fundamental para a adaptação e proteção do organismo.

Efeitos do cortisol alto por longos períodos
"Quando o nível de cortisol se mantém elevado por longos períodos, os efeitos que inicialmente são benéficos e adaptativos passam a ser prejudiciais para o organismo, contribuindo para uma série de desequilíbrios fisiológicos e metabólicos", esclarece o Dr. Gladistone Coghetto Junior. A exposição prolongada ao estresse, que resulta na hiperatividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, mantém os níveis de cortisol constantemente elevados, afetando negativamente vários sistemas do organismo.

O excesso de cortisol estimula continuamente a quebra de proteínas e gorduras, aumentando a gliconeogênese e os níveis de glicose no sangue. Isso pode causar resistência à insulina, maior risco de diabetes tipo 2 e acúmulo de gordura abdominal, característica da obesidade visceral. Também provoca perda de massa muscular e degradação do colágeno, afetando a composição corporal, a pele e os tecidos conjuntivos.

No sistema cardiovascular, o cortisol elevado cronicamente eleva a pressão arterial e altera o perfil lipídico, aumentando colesterol e triglicerídeos, o que eleva o risco de doenças cardiovasculares. No sistema imunológico, causa imunossupressão prolongada, aumentando a suscetibilidade a infecções e dificultando a cicatrização e recuperação de inflamações.

Do ponto de vista psicológico e neurológico, o excesso crônico de cortisol está associado a distúrbios do sono, ansiedade, irritabilidade, dificuldade de concentração e memória, além de aumentar o risco de depressão. Ele pode danificar estruturas cerebrais essenciais, como o hipocampo, afetando memória e controle emocional. Também provoca distúrbios hormonais, incluindo alterações na tireoide, nos hormônios sexuais e disfunções menstruais nas mulheres.

Sintomas de excesso de cortisol
O excesso persistente de cortisol no corpo, explica o Dr. Gladistone Coghetto Junior, manifesta-se por um conjunto de sinais e sintomas que refletem seus efeitos sistêmicos sobre o metabolismo, o sistema cardiovascular, o sistema imunológico e até o sistema nervoso central. "Clinicamente, esse quadro é conhecido como hipercortisolismo, que pode ser endógeno (como na síndrome de Cushing) ou resultado de uso prolongado de corticosteroides", diz.

Um dos sinais mais típicos é o aumento da gordura corporal, principalmente no abdômen, pescoço (com a chamada "giba de búfalo") e rosto (com a "face em lua cheia"). Além disso, observa-se perda de massa muscular, o que causa fraqueza nos braços e pernas, assim como redução da resistência física.

No aspecto metabólico, verificam-se elevação da glicemia, resistência à insulina e, frequentemente, diabetes tipo 2, acompanhadas de dislipidemias com aumento do colesterol e dos triglicerídeos. A pele torna-se mais fina e frágil, apresentando hematomas, estrias violáceas grandes (especialmente no abdômen, quadris e mamas) e cicatrização lenta. Queda de cabelo e acne também são queixas comuns.

Do ponto de vista cardiovascular, a hipertensão arterial é frequente e, associada às alterações metabólicas, eleva o risco de eventos cardiovasculares. O excesso de cortisol ainda compromete a saúde óssea, levando à osteopenia e osteoporose, o que aumenta a chance de fraturas mesmo com traumas leves.

No sistema nervoso, os efeitos incluem ansiedade, irritabilidade, oscilações de humor, insônia, dificuldade de concentração e perda de memória recente. Em casos graves, podem surgir depressão e psicoses. Além disso, há alterações hormonais secundárias, como irregularidades menstruais nas mulheres, diminuição da libido e disfunção erétil nos homens, além da possível supressão da função tireoidiana.

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Dr. Gladistone Coghetto Junior - Graduação pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC) em 2015. Pós-Graduação em Medicina Paliativa pela UNOESC em 2017. Pós-Graduação em Medicina de Urgência Associação Brasileira de Medicina de Urgência e Emergência em 2020. Pós-Graduação em Medicina Intensiva pelo Hospital Israelita Albert Einstein em 2021. Pós-Graduação em Nutrologia Clínica pela Afya Educação Médica em 2023 - CRM: 52111-RS

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