Corpo e Mente

Conheça os impactos da hipertensão na saúde

16/5/2025
Kurotel
Conheça os impactos da hipertensão na saúde

O Dia Mundial da Hipertensão, celebrado em 17 de maio, reforça a importância da conscientização sobre essa condição crônica que afeta milhões de pessoas no mundo. Conhecida como a "doença silenciosa", a hipertensão pode causar danos graves à saúde, atingindo órgãos vitais como coração, rins e cérebro, mesmo sem apresentar sintomas. É um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), e seu impacto exige atenção constante à prevenção, diagnóstico precoce e controle adequado para preservar a qualidade de vida.

Como explica o médico Gladistone Coghetto Junior, da equipe técnica do Kurotel, a hipertensão arterial, ou pressão alta, é uma condição caracterizada pela elevação persistente dos níveis de pressão nas artérias, obrigando o coração a trabalhar com mais esforço para bombear o sangue para o corpo. "Ela pode surgir devido a fatores bem identificáveis, como doenças renais ou endócrinas, mas, na maioria dos casos, é classificada como hipertensão essencial, ou seja, sem uma causa específica aparente", diz ele.

Segundo o Dr. Gladistone, a hipertensão é considerada uma "doença silenciosa" porque, na grande maioria dos casos, não apesenta sintomas perceptíveis, especialmente em suas fases iniciais. "Ao contrário do que muitos imaginam, sintomas como dores de cabeça, tonturas ou desconforto na nuca não são sinais confiáveis de pressão alta. Esses sintomas só costumam aparecer quando a pressão atinge níveis muito elevados ou quando já existem complicações decorrentes da hipertensão, como o AVC, infarto agudo do miocárdio ou insuficiência cardíaca", esclarece.

Danos da hipertensão ao corpo
A hipertensão, quando não controlada, provoca danos progressivos e, em muitos casos, irreversíveis aos órgãos e sistemas do corpo. Confira abaixo como a doença afeta o coração, os rins, o cérebro e a retina, de acordo com Gladistone Coghetto Junior:

- Coração: Como o coração precisa bombear o sangue contra uma resistência maior, com o tempo ele se sobrecarrega. Esse esforço contínuo pode levar ao espessamento das paredes cardíacas e, posteriormente, ao enfraquecimento do músculo do coração - o que chamamos de insuficiência cardíaca, uma condição em que o coração perde a capacidade de bombear o sangue de forma eficiente;

- Rins: Nos rins, o aumento constante da pressão nos vasos que os irrigam compromete suas delicadas estruturas filtrantes, chamadas néfrons. Como passar do tempo, essas unidades vão sendo destruídas, reduzindo a capacidade dos rins de eliminar toxinas e resíduos do corpo. Em estágios avançados, essa falência pode exigir tratamentos como a diálise, para substituir a função renal perdida;

- Cérebro: No cérebro, os pequenos vasos sanguíneos (arteríolas) são particularmente vulneráveis. Eles podem se romper, causando pequenos sangramentos, ou se obstruir, levando a micro-AVCs - pequenas áreas de morte do tecido cerebral. Com o acúmulo dessas lesões, ocorre um processo chamado gliose (uma espécie de cicatrização do cérebro), que está relacionado ao declínio cognitivo, demências e, em casos mais graves, ao AVC e até à morte;

- Retina: A retina, estrutura responsável por captar as imagens que enxergamos, também sofre com a hipertensão. A pressão elevada pode provocar alterações nos vasos que nutrem essa região, levando a sangramentos, inchaços ou obstruções. Esses danos comprometem a oxigenação das células sensoriais, podendo resultar em perda parcial ou total da visão.

"Em resumo, a hipertensão é uma ameaça silenciosa que afeta múltiplos órgãos deforma cumulativa. Por isso, o acompanhamento médico regular e o controle rigoroso da pressão arterial são fundamentais para preservar a saúde e prevenir complicações graves", recomenda.

Sinais que a pressão está alta
Segundo o Dr. Gladistone, a forma mais confiável de saber se a pressão arterial está controlada é por meio da sua aferição, feita por um profissional capacitado ou com um aparelho de medição validado, calibrado e aprovado por órgãos de saúde. "Como a hipertensão é, na, maioria das vezes, assintomática, confiar apenas em sinais ou sensações físicas pode ser arriscado", esclarece.

Segundo as diretrizes mais recentes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e da American Heart Association (AHA), os níveis considerados ideais para adultos são:

Pressão normal: MENOR que 120 x80 mmHg
Pré-hipertensão (ou "elevada"): entre 120-129 x <80 mmHg
Hipertensão estágio 1: entre 130-139 x 80-89 mmHg
Hipertensão estágio 2: maior ou igual a 140 x 90 mmHg

A hipertensão pode ser controlada?
O médico explica que a hipertensão, especialmente quando diagnosticada precocemente e em estágios iniciais, pode sim ser parcialmente reversível ou controlada sem o uso de medicamentos, desde que o indivíduo adote mudanças consistentes no estilo de vida. "No entanto, em casos mais avançados ou quando há comprometimento de órgãos-alvo (como coração, rins ou cérebro), a doença tende a ser crônica e exige tratamento contínuo - embora ainda possa ser bem controlada, permitindo uma vida longa e saudável", afirma ele.

Conforme o Dr. Gladistone Coghetto Junior, as principais mudanças de estilo de vida que têm impacto direto na redução da pressão arterial incluem:
- Alimentação equilibrada;
- Atividade física regular;
- Controle do peso corporal;
- Abandono do tabagismo e moderação no álcool;
- Redução do estresse e cuidado com a saúde mental.

"Em muitos casos, especialmente quando essas mudanças são adotadas de forma precoce e disciplinada, é possível evitar o uso de medicamentos ou até reduzir as doses necessárias. Mesmo para quem já faz uso de remédios, essas mudanças aumentam a eficácia do tratamento e reduzem o risco de complicações", explica o médico.

O Dr. Gladistone lembra que o diagnóstico precoce e o controle adequado da pressão são essenciais para prevenir complicações graves e preservar a qualidade de vida.

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Dr. Gladistone Coghetto Junior - Graduação pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC) em 2015. Pós-Graduação em Medicina Paliativa pela UNOESC em 2017. Pós-Graduação em Medicina de Urgência Associação Brasileira de Medicina de Urgência e Emergência em 2020. Pós-Graduação em Medicina Intensiva pelo Hospital Israelita Albert Einstein em 2021. Pós-Graduação em Nutrologia Clínica pela Afya Educação Médica em 2023 - CRM: 52111-RS

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