O Mindful Eating, ou alimentação consciente, vem ganhando destaque nos últimos anos. Ao contrário de comer de forma automática ou por distração, essa abordagem busca promover uma alimentação mais atenta, onde se presta atenção plena à textura, sabor, e sensação dos alimentos, além de respeitar as necessidades físicas de saciedade. Adotar o Mindful Eating pode trazer benefícios significativos para a saúde física e mental, contribuindo para o controle de peso, a melhora da digestão e a redução do estresse.
"Mindful Eating é uma prática que desenvolve nossa capacidade de comer com atenção plena, de mantermos o nosso foco no ato de comer, no momento, no corpo, mente e sensações presentes no movimento de se alimentar, percebendo o alimento, a textura, o sabor e as cores", explica o psicólogo Auro Azevedo, da equipe técnica do Kurotel.
Benefícios do Mindful Eating
Quando nos concentramos no momento presente, somos capazes de transformar a maneira como nos relacionamos com os alimentos e com o próprio corpo. Essa prática traz diversos benefícios, que se refletem tanto no aspecto emocional quanto físico da nossa saúde. Entre esses benefícios, Auro Azevedo cita a promoção do controle da ansiedade, a melhora da nossa relação com a alimentação, a identificação dos gatilhos emocionais e a melhora da digestão e da absorção dos nutrientes.
Promoção do controle da ansiedade: a ansiedade pode se manifestar através da alimentação, e a prática de Mindful Eating ajuda a reduzi-la ao nos ensinar a comer de forma consciente. Isso desacelera o ato decomer, diminuindo os episódios de exageros alimentares causados pela ansiedade, e também contribui para a regulação emocional, acalmando a mente e reduzindo o estresse;
Melhora da relação com a alimentação: muitas pessoas têm uma relação problemática com a comida devido a hábitos inadequados. O Mindful Eating ajuda a melhorar essa relação, incentivando uma alimentação equilibrada e prazerosa. Ao praticar a atenção plena, percebemos melhor os sinais de fome e saciedade, saboreamos mais os alimentos e desenvolvemos um comportamento mais intuitivo e compassivo, reduzindo o estigma e o medo em relação à comida;
Identificação dos gatilhos emocionais: comer muitas vezes está relacionado a emoções como estresse ou tristeza. O Mindful Eating ajuda a identificar esses gatilhos emocionais, permitindo perceber se estamos comendo por fome real oupara lidar com emoções. Com essa consciência, podemos optar por outras formas de enfrentar os sentimentos, como meditação, exercício ou descanso, em vez de usar a comida como fuga;
Melhora da digestão e da absorção dos nutrientes: comer de forma rápida ou distraída prejudica a digestão. O Mindful Eating nos ensina a comer devagar, mastigar bem e prestar atenção no que comemos, melhorando a digestão e a absorção de nutrientes. Além disso, reduz o estresse, o que favorece o funcionamento do sistema gastrointestinal e a digestão deforma geral.
"A prática do Mindful Eating, a atenção plena no ato de se alimentar, nos proporciona o desenvolvimento de uma relação equilibrada entre a mente, os pensamentos e a relação com o alimento. A prática proporciona a diminuição das possibilidades de impulsividade e de automatização do movimento de se alimentar, influenciando positivamente a nossa capacidade de viver a harmonia entre a mente e o meio", explica Auro Azevedo.
Prevenindo os excessos alimentares
Segundo o psicólogo, com a prática do Mindful Eating, tendemos a comer com mais consciência e com mais atenção, reconhecendo com mais facilidade quando estamos satisfeitas, o que nos auxilia na eficácia do controle e redução de peso. "Comer rapidamente pode resultar em excessos, pois nosso cérebro leva um tempo para reconhecer que estamos satisfeitos e, ao mastigar devagar e saborear nossa refeição, proporcionamos ao nosso corpo o tempo necessário para enviar ao cérebro os sinais de saciedade, diminuindo nossa quantidade de alimentos consumidos na refeição", esclarece ele.
Melhorando a qualidade do sono
Auro Azevedo explica que a alimentação está relacionada diretamente com a qualidade do sono. Por isso, uma escolha alimentar ruim pode resultar em uma noite de sono prejudicial e não reparadora.
"Quanto pior for a qualidade do nosso sono, maior será a sensação de necessidade de consumo de alimentos menos saudáveis", diz ele. "O sono não reparador tende a gerar padrões ou hábitos alimentares não saudáveis – como comer compulsivamente, sem fome, comer influenciado pelo estresse, fazer escolhas alimentares focadas em alimentos não saudáveis ou calóricos", completa.
De acordo como psicólogo, comer de forma consciente proporciona uma escolha melhor e mais saudável dos alimentos, um controle mais eficaz sobre a impulsividade e uma diminuição do consumo de alimentos ultraprocessados. "A escolha por alimentos saudáveis tem influência direta na melhora da qualidade do sono e no aumento do sono reparador", afirma.
"Com aprática do Mindful Eating e a promoção da atenção plena, desenvolvemos uma maior habilidade de evitar o pensamento automático nos padrões alimentares, podendo fazer escolhas mais conscientes e saudáveis. Isso resulta em uma seleção mais cuidadosa dos nossos alimentos e promove uma melhor qualidade de vida", conclui Auro Azevedo.
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Auro Mauro Azevedo - Formação em Psicologia pela Universidade de São Marcos (2001). Pós-graduação em Psicologia Jurídica: Família, Infância e Juventude pelo Instituto de Psicologia de São Paulo (2005). Pós-graduação em Psicologia Hospitalar pelo Hospital de Clinicas - FMUSP (2006). Pós-graduação em Terapia Cognitivo-Comportamental pela Faculdade Metodista (2023). Mestrado em Neurologia/Neurociências pela Universidade Federal de São Paulo (2012).