O estresse, a ansiedade e o burnout podem desencadear uma patologia conhecida como FOMO (Fear of missing out) - ou medo de perder algo, em tradução livre.
A tecnologia permeia toda nossa vida atualmente. Desde o âmbito pessoal até o profissional e todas relações e atividades inerentes a eles. As pessoas já passam muitas horas dos seus dias conectados e com o receio de perder oportunidades, acabam deixando de estar conectados consigo e no investimento de relações com as pessoas.
Isso tem gerado um aumento exponencial da ansiedade, do nível de estresse, e ocorrência de Burnout na sociedade atual.
A base da ansiedade é o medo de errar, insegurança: antecipo os fatos por não suportar a ideia de que possa errar. O primeiro fator quando estamos ansiosos, frisa o psicólogo do Kurotel, Michael Zanchet, é buscar equilibrar o organismo e as taxas de oxigênio (respiração) para então, poder refletir quais são os gatilhos que estão gerando a ansiedade. Lembre-se que nem tudo na vida tem que ser rápido, tem muitas situações que precisamos parar, pensar e somente depois agir. O acerto e o erro fazem parte da vida, permita-se aprender com a experiência.
Ansiedade: “sofrer por um ideal”, insegurança, medo de errar; antecipar o futuro, por não suportar a ideia de que exista a possibilidade de que possa errar. Não viver o presente.
Estresse: tem a ver com percepção, toda vez que percebemos uma situação de perigo e/ou ameaça, real ou imaginária, o organismo se adapta para enfrentar; a essa adaptação chamamos de estresse. Toda vez que percebo um fato que na interpretação gere ameaça, o corpo se arma para enfrentar: “pronto para se defender e/ pronto para atacar”.
Síndrome de Burnout (estresse ligado a vida profissional) caracterizado por um estresse crônico com a sensação de um desgaste físico e emocional, gerando a sensação de incapacidade, por uma sobrecarga de tarefas.
O estresse tem a ver com percepção, toda vez que percebemos uma situação de perigo e/ou ameaça, real ou imaginária, o organismo se adapta para enfrentar; a essa adaptação chamamos de estresse: descarga de adrenalina, baixa as taxas de oxigênio, aumento do ritmo cardíaco, sudorese, tensão muscular, pupila dilata, estou pronto para atacar e/ou me defender.
Nas situações que realmente necessito de enfrentamento, chamamos de uma reação positiva, por exemplo: vou atravessar a rua e vem um carro em alta velocidade e eu corro para fugir; sou impulsionado pelo estresse positivo. Agora, quando interpreto que vou enfrentar um “leão” e no momento é uma “formiga”, acometo o organismo de uma sobrecarga de energia desnecessária, chamamos de um estresse negativo.
A base da ansiedade é a insegurança, o medo de errar, traços perfeccionistas, controle. O primeiro passo é estimular a pessoa a reconhecer e desmistificar esses pensamentos disfuncionais que são os gatilhos para a ansiedade, internalizando que somos passíveis de erros, que não temos o controle de tudo e criar para si uma organização que permita desenvolver as atividades propostas e a partir do enfrentamento ganhar confiança e novas matrizes de aprendizagem, de que é possível fazer e/ou enfrentar determinada situação. Assim, mesmo quando erro tenho condições de absorver aprendizado para executar novamente.
Em uma sociedade competitiva muitas vezes as pessoas diminuem a sua capacidade de percepção gerando um desequilíbrio que pode se manifestar pela Síndrome de Burnout (estresse ligado a vida profissional) caracterizado por um estresse crônico com a sensação de um desgaste físico e emocional, gerando a sensação de incapacidade, por uma sobrecarga de tarefas.
Estresse: pode-se citar alguns sintomas que são característicos do estresse crônico, como ansiedade, insônia, tristeza, cansaço, taquicardia, hipertensão, problemas gastrointestinais, depressão, dor nas costas, cefaleia.
Ansiedade: os principais sintomas são pensamento acelerado, antecipação do futuro, pré-ocupações, insônia, falta de ar, taquicardia, sensação de sufocação, agitação motora.
Síndrome de Burnout, o estresse ligado a vida profissional, é caracterizado por um estresse crônico com a sensação de um desgaste físico e emocional, gerando a sensação de incapacidade, por uma sobrecarga de tarefas. Pode levar ao afastamento do trabalho, assim como causar úlceras, diabetes. Na experiência clínica percebe-se o relato de sintomas, como: incapacidade de raciocinar, lapsos de memória, cansaço constante, apatia, tristeza, ansiedade.
A pessoa começa a priorizar em demasia o trabalho, passa a maior parte do tempo pensando ou falando sobre trabalho, esgotamento físico e emocional, baixa da imunidade e dificuldade para desempenhar a sua atividade, produtividade baixa. Sinais que o corpo vai sinalizando, que requer tratamento e cuidado.
Ao sentir cansaço físico, com descanso e um sono adequado, você se recupera. Já no caso do cansaço emocional, você pode até dormir, mas é por exaustão. Pode apresentar insônia, ideias ruminantes, visão pessimista do mundo, cansaço mental que afeta o raciocínio.
Sim, é possível. Desde que a pessoa ou alguém próximo perceba pistas que o corpo vai dando no desenvolvimento da síndrome.
Por exemplo: a pessoa começa a priorizar em demasia o trabalho, passa a maior parte do tempo pensando ou falando sobre trabalho, esgotamento físico e emocional, baixa da imunidade e dificuldade para desempenhar a sua atividade, produtividade baixa. São indicações que o corpo vai sinalizando e que requer tratamento e cuidado.
Prevenção é a melhor alternativa; as empresas se prepararem para o seu maior produto (colaborador(a)), dar condições e propiciar espaços para os funcionários terem lazer, boa alimentação, horário adequado, estimular a prática física e o check-up dos seus funcionários, através de espaço físico e psicoeducativo, para que não se tenha um adoecimento individual ou coletivo.
A ansiedade tem a ver com luta, medo, armar-se; as atividades de relaxamento vão na contramão desse processo, ensinam o corpo a desligar, partindo da premissa do relaxamento: estado de consciência sem alteração e voltado para si.
Exemplos: yôga, meditação, banho de banheira de hidromassagem, massagem. Estimular o relaxamento também é importante para aumentar a capacidade de concentração, reflexão e gerenciamento da ansiedade - consequentemente, torna-la positiva no contexto de vida pessoal e profissional.
Precisamos reconhecer e desmistificar esses pensamentos disfuncionais que são os gatilhos para a ansiedade, internalizando que somos passíveis de erros.
Entender que não temos o controle de tudo e criar para si uma organização que permita desenvolver as atividades propostas e a partir do enfrentamento ganhar confiança e novas matrizes de aprendizagem, de que é possível fazer e/ou enfrentar determinada situação.
O estresse tem a ver com percepção.
Na repetição crônica de percepções inadequadas, começa a desequilibrar o corpo, tendo malefícios físicos e psicológicos em decorrência do estresse. Pode-se citar alguns sintomas que são característicos do estresse crônico: ansiedade, insônia, tristeza, cansaço, taquicardia, hipertensão, problemas gastrointestinais, depressão, dor nas costas, cefaleia.
A Síndrome de Burnout (estresse ligado a vida profissional) é caracterizada por um estresse crônico com a sensação de um desgaste físico e emocional, gerando a sensação de incapacidade, por uma sobrecarga de tarefas.
Segundo dados do ISMA-BR (International Stress Management Association), a síndrome acomete 32% da população que tem sintomas de estresse. E, muitas vezes, pode levar ao afastamento do trabalho, assim como causar úlceras, diabetes.
Na experiência clínica percebe-se o relato de sintomas, como: incapacidade de raciocinar, lapsos de memória, cansaço constante, apatia, tristeza, ansiedade.
Primeiro fator ao ter sintomas como os descritos acima, é buscar auxílio profissional, psicólogos ou psiquiatras, para diagnosticar e tratar. Muitas vezes é necessário o afastamento profissional para através de psicoterapia, atividades de relaxamento, exercícios físicos e alimentação saudável, se possa reajustar o organismo fisicamente e emocionalmente melhorando os sintomas e reativando a capacidade de refletir e perceber o seu contexto de vida.
O mais importante é descartar todas as possibilidades clínicas para estabelecer um tratamento psicológico; não é incomum receber clientes no consultório, encaminhados pelo Médico Cardiologista, com todos os exames cardiológicos adequados, mas com sintomas: hipertensão, taquicardia, sensação de desmaio, insônia; provenientes do corpo somatizar questões emocionais.
Avaliando o cliente, muitas vezes, são traumas passados que a pessoa revive em outras situações e o cérebro interpreta de maneira equivocada, armando no organismo um estado de alerta e perigo.
Costumo a fazer uma metáfora, digamos que tenha sobrevivido a uma guerra depois de três meses na batalha, retorno ao meu cotidiano e para um lugar tranquilo, naturalmente o cérebro necessita um período de adaptação, num primeiro momento irei ficar olhando para os lados, desconfiado, talvez reviva algumas situações que sinta perigo, mas que não são daquele momento presente e sim dos fatos passados.
No tratamento é importante a avaliação do Médico Psiquiatra para ver a necessidade de farmacologia e a psicoterapia para analisarmos as disfunções cognitivas, pois é na reinterpretação das novas situações e elaboração dos traumas passados internalizados, que vai se estabelecer um novo padrão de ideia, de pensamento e assim elaborar os conflitos emocionais; dessa maneira aos poucos os sintomas vão perdendo função.
Como técnicas complementares e fundamentais ao tratamento cito e reforço à importância dos exercícios físicos e das técnicas de relaxamento (massagem, exercícios de respiração diafragmática, yôga, meditação).
A grande relevância da avaliação clínica do Médico é que nos dá a certeza de que esse cliente não tem nenhum risco clínico, pois o profissional e seus exames vão nos dar essa normativa, podendo focar totalmente no componente emocional.
Concluindo, importante ressaltar que todos os sintomas relatados no texto em decorrência da ansiedade, estresse/burnout, depressão, requerem tratamento adequado por profissionais da área clínica e psicológica, a fim de descartar as questões clínicas, utilizando farmacologia quando necessário e tratar das questões emocionais.
Além disso, avaliar o que geram os sintomas, para elaborar os conflitos emocionais, as percepções frente ao momento de vida daquele individuo, aumentando a capacidade de visualizar o contexto como um todo e tendo estratégias assertivas frente as situações que geram as preocupações; tenho que identificar que tipo de problemas eu tenho e como lidar com os mesmos.
Preventivamente, temos que quebrar as idealizações e vislumbrar o real, assim ter percepções mais adequadas para lidar de forma saudável com as emoções que são combustíveis para a vida e que não devem ser depositadas (anestesiadas na comida, bebida alcoólica, tabaco, automedicações), que geram um prejuízo para as percepções, assim dificulta o processo de gerenciamento das emoções.
Essa é a palavra adequada, vamos gerenciar o estresse, o nível de ansiedade e não estarmos isentos desses fatores, como já citei, tornar positivo para o contexto de vida. Utopia achar que vou estar feliz, equilibrado o dia inteiro, o saber lidar com as adversidades é que vai nos dar capacidade de maior equilíbrio emocional.
Para que se tenha maior equilíbrio, importante os exercícios físicos, a alimentação saudável, as práticas de relaxamento. Bem-estar tem a ver com desenvolvimento constante nas seguintes áreas: físico e mental, familiar, afetivo, profissional, financeiro e espiritual.
Psicólogo do Kurotel Michael Zanchet - CRP: 07/13384