Corpo e Mente

Como melhorar a qualidade do sono depois dos 60

23/10/2025
Kurotel
Como melhorar a qualidade do sono depois dos 60

Com o passar dos anos, é comum que o sono sofra mudanças. Muitas pessoas acima dos 60 anos relatam dificuldades para adormecer, despertares frequentes durante a noite ou sensação de cansaço mesmo após horas na cama. Embora essas alterações façam parte do processo natural de envelhecimento, a má qualidade do sono não deve ser encarada como algo inevitável. Dormir bem é fundamental para manter a saúde física, mental e emocional em qualquer fase da vida e, na terceira idade, isso se torna ainda mais importante. Mas afinal, por que essas mudanças acontecem?

O médico Bruno Vianei, da equipe técnica do Kurotel, explica que mudanças fisiológicas no padrão de sono ocorrem em todas as fases da vida. Após os 60 anos, as alterações mais relevantes incluem a redução do total de horas dormidas para cerca de 6 a 7 horas por noite; sono menos contínuo e mais superficial, com despertares frequentes; além de uma menor produção de melatonina. Segundo o especialista, há uma diminuição fisiológica progressiva no tempo total de sono, que pode variar entre 30 a 60 minutos por década após os 50 anos.

Além dessas alterações fisiológicas, o Dr. Bruno destaca que existem distúrbios do sono específicos que acometem com frequência a população acima dos 60 anos. Entre os mais comuns estão a insônia, que afeta entre 30% a 50% dos idosos; a apneia obstrutiva do sono, presente em até 30% dos casos; e a síndrome das pernas inquietas associada ao movimento periódico dos membros, que pode atingir de 5% a 30% dessa faixa etária.

É importante destacar que diversas condições clínicas podem contribuir secundariamente para essas alterações no sono, como doenças cardiovasculares (insuficiência cardíaca e doença arterial coronariana), doenças pulmonares (como o enfisema), diabetes mellitus, refluxo gastroesofágico, dor crônica, fibromialgia, hiperplasia prostática, doença renal crônica, além de doenças neurológicas e psiquiátricas.

Como consequência, a qualidade do sono impacta diretamente a saúde física e mental de pessoas acima dos 60 anos. O Dr. Bruno Vianei explica que um sono de má qualidade nessa faixa etária pode ocasionar ou acelerar o declínio cognitivo (aumentando o risco de demência), provocar déficits de atenção, transtornos de humor (como depressão, com risco até 2,5 vezes maior), além de favorecer a inflamação crônica de baixo grau, o que predispõe a infecções virais e bacterianas. O sono de má qualidade também está associado à resistência insulínica, maior risco de quedas e fraturas, e ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Hábitos noturnos que atrapalham o sono
Alguns hábitos noturnos, como observa o médico, podem atrapalhar significativamente aqualidade do sono na terceira idade. Assistir à televisão no quarto ou utilizar dispositivos eletrônicos antes de dormir, por exemplo, estimula o cérebro e dificulta o relaxamento necessário para adormecer. Comer ou ingerir líquidos nas duas a três horas que antecedem o horário de dormir pode causar desconforto e aumentar a necessidade de idas ao banheiro durante a noite. O consumo de substâncias como álcool, cafeína ou nicotina também interfere no sono, pois afeta o sistema nervoso e compromete o descanso. Por fim, a falta de um horário regular para dormir e acordar prejudica o ritmo biológico, tornando o sono mais leve e fragmentado.

Para dormir melhor após os 60 anos de idade, o Dr. Bruno Vianei recomenda a prática regular de exercícios físicos diurnos, de 150 a 300 minutos semanais em intensidade moderada, além da adoção de uma alimentação com alta densidade nutricional. Ambas as medidas exercem um papel importante na regulação do ritmo circadiano, da homeostase neuroinflamatória, do metabolismo energético e da produção de neurotransmissores e hormônios.

"Entre as demais estratégias do estilo de vida que podem auxiliar na melhor qualidade dosono estão a exposição matinal à luz natural (por 20 a 30 minutos), quarto com redução da luminosidade e ruídos, em temperatura ambiente favorável ao sono (20 a 23°C)", afirma.

No entanto, mesmo com essas medidas preventivas, é fundamental saber quando buscar auxílio profissional para evitar que problemas no sono se agravem. Segundo o especialista, a prevenção é sempre o melhor caminho.

"Antes de perceber de fato um problema no sono, é de grande importância corrigir os empecilhos do estilo de vida para uma qualidade adequada do sono e investigar preventivamente com seus profissionais de saúde (médico, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo) a existência de um distúrbio primário ou secundáriodo sono", recomenda ele.

Como o Kur pode ajudar?
As abordagens integrativas do Kurotel, melhor spa médico das Américas, contribuem para a melhoria da qualidade do sono em pessoas na terceira idade por meio de uma vivência imersiva em um estilo de vida que promove mais vida e melhor saúde, seguindo o Método Kur.

Esse método é baseado em pilares fundamentais de saúde (Água, Movimento, Alimento, Relaxamento e Equilíbrio), que são experimentados de forma personalizada, respeitando as individualidades e potencialidades de cada cliente, favorecendo, assim, um ambiente propício para a regulação do sono e o bem-estar integral. Clique aqui e saiba mais!

 

Dr. Bruno Vianei - Formado pela Universidade Federal do Amazonas, em 2018, e pós-graduando em Medicina Funcional Integrativa pela Sociedade Brasileira de Medicina Funcional Integrativa (SBMFI) - CRM-RS 48.494

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