Cientistas indicam que esta vitamina pode reduzir os fatores de risco de contaminação do coronavírus
Ela é essencial para a saúde dos dentes e dos ossos. É fundamental no combate à obesidade, à diabetes, à depressão, ao câncer e às doenças cardiovasculares e das articulações. Há muito tempo a medicina já reconhece o papel fundamental da vitamina D (ou calciferol, ou 25-OHD) para a saúde. Agora, a vitamina D acaba de ser apontada por cientistas italianos como uma grande aliada para a prevenção do coronavírus. Um levantamento conduzido pela equipe transdisciplinar do Kurotel, há alguns anos, enfatizou a importância da vitamina D para a saúde.
A fixação da vitamina D no organismo ocorre principalmentepela exposição aos raios solares e também pela alimentação. O estudo do Kur nãosó detectou que uma parcela significativa da população adulta tem deficiênciade vitamina D, como também relacionou o fenômeno a uma série de doenças quepodem ser evitadas.
“Níveis adequados de vitamina D devem ser alcançados por aquelesque querem manter uma boa saúde e buscam a prevenção de doenças”, explica amédica nutróloga Mariela Silveira, diretora clínica do Kurotel.
O estudo da equipe do Kur associou a ocorrência de males comoobesidade e depressão a níveis insuficientes de vitamina D no organismo,investigando os níveis de vitamina D nos clientes e estabelecendo relações comas doenças diagnosticadas. “Nosso levantamento mostrou que quase dois terços dos clientes quenos procuram têm vitamina D abaixo do ideal e não sabem”, indica Mariela.
Por esse motivo, o Kurotel incluiu esse marcador em seusexames obrigatórios de rotina, pois compreende sua vasta importância como formade prevenir e evitar doenças. A partir da medição dos índices de vitamina D nosangue, o médico pode determinar a dosagem adequada para uso de um suplemento.
Conforme a médica, é importante buscar a adequação dos níveis de vitamina D, por meio de orientação dietética, mudança dos hábitos de vida e suplementação, caso necessário. Mas ela ressalta: as duas principais fontes de vitamina D são a síntese pela pele, em resposta à exposição aos raios ultravioleta B, e as fontes dietéticas, que incluem peixes gordurosos, gema de ovo, óleo de fígado de bacalhau e alimentos fortificados.
“Entretanto, já é bem conhecido que qualquer ingestão diáriade vitamina D será insuficiente em caso de exposição limitada à luz solar. Acontribuição de vitamina D por fontes dietéticas, se comparada com a produçãoativada pela radiação solar, é de 10 contra 90. Ao mesmo tempo, se faznecessário o cuidado com a exposição solar”, alerta a diretora clínica doKurotel.
A população geriátrica, a mais suscetível ao contágio docoronavírus, é mais sensível à hipovitaminose D, por vários motivos. Entre elespor se expor menos ao sol, ter sua capacidade de produção cutânea de vitamina Dreduzida, alimentar-se de forma inadequada, absorver menos vitamina D pelotrato gastrintestinal, usar múltiplas drogas que interferem naabsorção/metabolização da vitamina D e apresentar comprometimento renal.
“As mulheres são mais afetadas que os homens. Elas alcançam 77,6%dos casos de hipovitaminose D, e eles, 45,9%”, aponta a médica geriatra EveliseSilveira, relembrando sobre a importância da vitamina D para a saúde.
Por isso, é sugerido a suplementação ao idoso, antes que elefique com saúde debilitada, já que esta vitamina pode ter impacto naexpectativa de vida e na independência para a realização das tarefas destaparcela da população.
Entretanto, é fundamental consultar um médico ounutricionista para que o profissional possa avaliar se os níveis de vitamina Destão adequados.
Cientistas da Universidade de Turim, na Itália, revelaram umestudo feito com dados de pacientes hospitalizados naquele país, nos quais foiconstatada a prevalência muito alta da falta de vitamina D em seus organismos,a chamada hipovitaminose D.
A pesquisa dos professores de Geriatria, Giancarlo Isaia, eHistologia, Enzo Medico, revelada pelo jornal La Republica, foi submetida aosmembros da Academia de Medicina de Turim, que julgou os resultados iniciaiscomo "muito interessantes". O documento analisa as possíveis causasdo contágio do Covid-19 e propõe a vitamina D não como uma cura, mas como umaferramenta para reduzir os fatores de risco de infecção.
A análise científica, que também seguiu as recomendaçõesrecentes da Associação Dietética Britânica, investigou o papel que a falta devitamina D poderia desempenhar especialmente nos idosos, o maior público derisco nessa pandemia. No estudo, os autores sugerem aos médicos, em associaçãocom as conhecidas medidas gerais de prevenção, garantir níveis adequados devitamina D na população.