Em uma sociedade tão competitiva e com o número de informações instantâneas, que os recursos tecnológicos informam,cada vez mais, existe a necessidade de ter momentos para: refletir, respirar e parar por alguns minutos.
O corpo fisiologicamente necessita do descanso. Muitas pessoas queixam-se de estresse, cansaço, insônia, ansiedade, depressão; males da sociedade contemporânea. A grande questão para refletir é: o que gera tudo isso?
Então, como o mundo está automatizado, parece que os seres humanos criaram para si a necessidade de estar em constante ebulição e cobram-se para serem tão rápidos, quanto à informação; escravizando-se com os recursos tecnológicos mais modernos. Por isso, existe a necessidade de termos placas nos estabelecimentos do tipo: “Por favor, desligue o celular” ou “Pedimos a colaboração de deixar seu celular no modo silencioso”.
Da mesma maneira que a tecnologia nos auxilia, ela escraviza. O corpo é ensinado a estar em constante processo de aceleração sem momentos para desarmar. Começa, então, a travar uma luta no organismo, interpretando que está pronto para atacar e defender, dessa maneira pode iniciar a insônia. O sono, nada mais é, que o momento de desarmar, o momento de estar desprovido de qualquer proteção. Como vou desarmar, se o corpo está treinado para a luta?
Ao passo que não durmo sinto maior irritabilidade ao longo do dia, tenho a tendência a comer de maneira desorganizada, estou cansado, utilizo café para manter-me acordado, diminuo o poder de concentração e produtividade, consequentemente autoestima frágil, maior ansiedade e a repetição desses fatores pode gerar o estresse. Um efeito cascata, cada peça do dominó empurra a outra.
Na contramão, disso tudo, estão coisas simples mais complexas, que o próprio ser humano pode fazer para gerenciar o seu cotidiano de maneira organizada, usufruindo da tecnologia a seu favor e não se escravizando.
Algumas orientações importantes: exercitar-se, relaxar, respirar adequadamente, alimentar-se fracionadamente e com uma dieta equilibrada, ler, trabalhar, estudar, ter momentos para si, conviver com as pessoas queridas, sorrir.
A meditação é algo milenar, existindo estudos que comprovam sua eficácia para a saúde física e mental. Engana-se quem pensa que, para meditar é necessário ser um monge tibetano. Todo ser humano, que aprende e exercita a prática pode meditar. O simples fato de estar num ambiente confortável e prestar atenção na sua respiração, com os olhos fechados, pode ser uma forma de meditar.
Estudos mostram a eficácia de, por exemplo, 20 minutos, uma ou duas vezes ao dia, de meditação diária, pode contribuir para: controle da pressão arterial, redução do risco cardíaco, diminuição das taxas de glicose, melhora da concentração, melhor gerenciamento das emoções.
O conceito de relaxamento tem a ver com estado de consciência sem alteração e você voltado para si. Necessário regularidade e repetição da prática que gostamos; por exemplo: massagem relaxante, banhos de banheira de hidromassagem, sauna, yôga.
Para encerrar a reflexão, uma conta simples: o dia tem 24 horas (1.440 minutos), 20 minutos do seu dia, é igual a 1,38% do seu tempo. A semana tem 168 horas, se você utiliza 3 horas da sua semana para exercitar-se, é igual a 1,78% do seu tempo e que trarão mais de 50 benefícios para seu corpo. O simples é complexo! Por isso, simplifique as tuas atitudes.
Psicólogo Michael Zanchet – CRP: 07/13384