O tabagismo é um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas. As estatísticas nos mostram que a cada dois fumantes, um terá morte precoce em decorrência deste hábito. Muitas pessoas querem parar de fumar, mas não conseguem sozinhas e isto é perfeitamente compreensivo, uma vez que a nicotina gera dependência.
A arquitetura do cigarro está solidificada em três dependências: química, emocional e comportamental. Química por que são cerca de 4.720 substâncias tóxicas que o organismo tem que eliminar. Emocional, pois os comportamentos aditivos estão atrelados a componentes emocionais – ser humano muitas vezes utiliza o ato de fumar como função de preenchimento ao vazio emocional. Comportamental, porque se torna um hábito, o sujeito condiciona comportamento ao uso do cigarro, como exemplo, o fato de fumar logo depois do cafezinho.
O primeiro passo para cessar com o este hábito é reconhecer que o cigarro é um problema, uma dependência. O segundo é buscar auxílio profissional, pois não é necessário passar por essa fase sozinho. Além disso, os trabalhos mostram que as chances de sucesso da parada aumentam consideravelmente quando há ajuda profissional. A boa notícia é que existem muitos profissionais da área da saúde que se engajam neste processo de auxílio no parar de fumar. A efetividade é muito maior quando trabalhada em conjunto com uma equipe transdisciplinar, pois é possível trabalhar a motivação, com o estabelecimento de estratégias comportamentais para lidar com a fissura e aprender recursos favoráveis à saúde para lidar com suas emoções.
Michael Zanchet
Psicólogo do Kurotel – Centro de Longevidade e Spa